segunda-feira, 22 de novembro de 2010

As bases do Dna interferem no desempenho dos atletas ?

 A Educação Física é uma ciência que estuda o ser humano executando movimento. É a disciplina que através do movimento cuida do corpo e da mente, utilizando como meios: esportes e outras atividades físicas. Sua área de influência abrange a biomédica, técnica desportiva e humanista.



 Ao longo dos anos médicos e especialistas na área de educação física constataram que fatores ambientais como o treinamento e uma boa alimentação eram insuficientes para determinar um atleta de elite. Esses profissionais confirmavam os níveis de desempenho de seus atletas a partir de análises morfológicas e funcionais. A partir dessa constatação surgiu o interesse por um terceiro fator determinante desse fenótipo para a aptidão física, isto é, a predisposição genética que tem grande influencia na caracterização do indivíduo como um atleta em destaque. [1]
Uma alteração nas bases do DNA de um gene que codifica uma proteína pode
influenciar na atividade. Se nos cruzamentos de DNA, o organismo herda uma predisposição, toda a preparação do mundo vai esbarrar no limite do atleta.
Atletas com grandes qualidades são provavelmente aqueles que já iniciam no esporte com níveis superiores das características necessárias para o sucesso e apresentam adaptações superiores dessas características após o treinamento. Atletas que nascem com essa predisposição genética demoram mais pra alcançar esses níveis superiores.
 Um exemplo muito conhecido é o do finlandês Eero Mantyranta, atleta olímpico que teve resultados assustadores nas provas de esqui nos Jogos Olímpicos de 1964. Após a analise do DNA de sua família foi comprovado que o finlandês tinha uma vantagem sobre os outros atletas. Ele nasceu com uma mutação genética raríssima que o proporcionava a produção de 25 a 50 por cento a mais de glóbulos vermelhos no sangue, o que lhe dava mais resistência, pois ele teria mais oxigênio do que o necessário para a prova. [2]
Basicamente todos os limites fisiológicos do organismo são determinados pela genética. Nosso DNA dita três grandes grupos de variáveis de aptidão física:
- Antropométricas:
peso, estatura, envergadura, adiposidade, circunferências musculares, diâmetros
ósseos.

-Metabólicas: consumo máximo de oxigênio
(VO2 MAX) aeróbio, potência anaeróbica.
-Neuromotoras: força e potência muscular nos
membros inferiores e superiores, velocidade, agilidade e coordenação
psicomotora. [3]
A aptidão nesses três grupos são essências para que um atleta tenha sucesso no que faz. Em outras palavras para ser campeão, a genética é essencial. Mas só o fator genético também não resolve. São necessárias toda a infra-estrutura de preparação física e psicológica e o fator talento.
                                                   
                                                                      Usain Bolt
Há quem diga que o DNA não interfere em nada no desempenho. Segundo a revista Super Interessante da edição de julho de 2010, treinamento e muito esforço é o bastante para o sucesso, para o auge. Para os cientistas que realizaram as pesquisas divulgadas pela revista, as bases genéticas não interferem nos resultados, os atletas conseguem todo sucesso e ótimas conquistas só após milhares de horas de treinamento. [4]
A Ciência continua seus estudos para que se possa comprovar o que realmente faz com que atletas se destaquem mais que os outros. Mais percebemos que para se tornar um atleta renomado, conhecido mundialmente como Eero Mantyranta e outros são necessários mais do que treinamento forte e sim bases de DNA favoráveis para que o atleta possa romper todas as barreiras e se tornar um campeão.

dica: 

*GATTACA: é um filme que fala sobre a interferência do ser humano na genética, retrata bem os benefícios das alterações das bases do DNA.  

FONTES :
[1] http://www.scielo.br/scielo. Php?Pid=S1517-86922007000300016&script=sci_arttext

[2] http://veja.abril.com.br/151106/p_110.html
[3] (Estudos do Celafiscs ((Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul)), onde se produz conhecimento e tecnologia para atletas olímpicos no Brasil e no exterior).

[4] http://super.abril.com.br/ciencia/sucesso-584272.shtml

 




 










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